O prefeito de Macau Tulio Lemos deve achar que não é culpa dele o caos administrativo que vive a sua cidade. Pelo menos foi isso que percebi onde na reunião do Polo Costa Branca, quando ele apresentou a banda de música da cidade como trunfo de sua gestão, falando para o estado da valorização dos músicos locais, enquanto os salários dos componentes da orquestra municipal estão em atraso há pelo menos quatro meses.
Apesar da qualidade técnica inquestionável da banda e do talento do maestro Damião, era visível ao púbico que observa o semblante dos músicos, o sentimento de tristeza e de abandono por parte do poder público, que usa o maior patrimônio cultural de Macau para fazer discurso, mas por outro lado, esquece de honrar com suas obrigações com o grupo.
Na plateia, um ouvinte da bonita oratória do prefeito me convenceu de uma vez por toda que existe dois Túlio: um jornalista que cobrava tudo a todos, principalmente aos políticos e o outro prefeito, que hoje talvez esteja pagando pela língua ferina, que tanto atacou e cobrou de gestores exemplos na imprensa do estado.