O poder fiscalizador da Câmara Municipal de Galinhos seria enfraquecido nesta legislatura 2017/2020, se a maioria absoluta dos vereadores estivesse ao lado do governo, e se não houvesse oposição na câmara ficaria um governo sem graça.
Se o prefeito Fábio Rodrigues não tivesse neste mandato, uma oposição fiscalizadora, responsável, corajosa e impulsiva, a gestão dele estava um verdadeiro desmantelo, sem rumo e sem prumo.
Que diga de passagem, o personagem da foto, o vereador oposicionista, Márcio André, que tem sido na câmara um espinho na carne do prefeito. Sempre munido de documentos, e reivindicações da população que o procura, o Edil tem sido um legítimo representante do povo na casa do povo.
Mas quais são os riscos de um governo sem oposição em Galinhos? “O editor do blog” foi atrás das respostas, e ouviu o próprio vereador. Márcio. Ele disse ao portal que É consenso que, diante deste cenário que vive a ilha, o poder fiscalizador da Câmara, um de seus papéis mais importantes ficaria enfraquecido se não houvesse oposição.
Disse ainda que um governo sem oposição inibe a função primária do Legislativo, que é provocar o debate. A câmara é um poder autônomo, que tem funções constitucionais a cumprir, como fiscalizar os atos do Executivo e propor leis que beneficiem a comunidade”. Concluiu.
Sem oposição, o Legislativo se torna subserviente. Todo esse processo começa a ficar viciado e não há uma relação de autonomia entre os poderes. Nessa relação de maioria absoluta, o Legislativo poderá não exigir do Executivo que as promessas de governo sejam cumpridas. Outro risco é a perda de legitimidade dos vereadores diante da comunidade que os elegeu. É preciso lembrar que o mandato não é do vereador, mas sim do povo.
O povo de Galinhos quer nesta legislatura um Poder Legislativo mais atuante, mais autônomo, mais fiscalizador, e se depender de Márcio e dos demais vereadores da oposição será. A inexistência de oposição demonstraria que a campanha foi uma grande fantasia e que, na prática, voltaria a ser uma câmara fraca e inoperante, com baixa representatividade diante do eleitorado.